O câncer de mama é um tumor maligno causado pela multiplicação e crescimento caótico das células anormais da mama. Este é o tipo de câncer mais frequente em mulheres do mundo todo e segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA),cerca de 2,3 milhões de casos ocorreram em 2020.
Conforme a cartilha do Instituto Nacional de Câncer (INCA), um em cada três casos de câncer poderiam ser curados se fossem descobertos no início da doença. Ainda segundo a cartilha, é grande o número de pessoas que evitam o assunto, seja por medo ou desinformação, e isso faz com que o diagnóstico da doença seja tardio.
O câncer de mama precisa deixar de ser visto como uma sentença, afinal, se detectado logo no início, a possibilidade de tratamentos menos agressivos e taxas de sucesso satisfatórias, são muito maiores.
Então, é importante reparar nos sinais e sintomas que o câncer de mama (assim como qualquer outra doença) apresenta. Quer saber como identificá-lo e o que fazer para prevenir? Continue lendo o artigo!
Fatores de risco do câncer de mama
Antes de qualquer coisa, entender os fatores de risco do câncer de mama é muito importante. Esses fatores referem-se ao aumento das chances de uma pessoa ter a doença, e cada tipo de câncer tem seus próprios fatores de risco.
Os fatores relacionados à causa do câncer de mama, podem ser: idade, fatores comportamentais, hormonais e hereditários.
Comportamentais / Ambientais
obesidade e sobrepeso principalmente após a menopausa;
sedentarismo;
alcoolismo;
constante exposição a radiações ionizantes como raio-X, mamografia e tomografia.
Hormonais
ter tido a primeira menstruação antes dos 12 anos;
não ter tido filhos;
primeira gravidez após os 30 anos;
não ter amamentado;
menopausa após os 55 anos;
ter recorrido a pílulas anticoncepcionais por muito tempo;
ter feito reposição hormonal pós-menopausa por mais de dez anos.
Hereditários / Genéticos
possuir histórico familiar de:
câncer de ovário;
câncer de mama em homens;
câncer de mama em mulheres, em especial antes dos 50 anos.
É importante destacar que não é porque a pessoa apresentou ou tenha alguns desses fatores que ela necessariamente terá a doença, mas, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), quanto mais fatores e alterações genéticas herdadas na família, maiores são as chances de se ter câncer de mama.
Como identificar o câncer de mama
É comum perceber o câncer de mama através de alguns sinais e sintomas específicos, contudo, essas manifestações podem variar e, muita das vezes, é possível que algumas mulheres com câncer possam não apresentar nenhum indício da doença.
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) afirma que o ideal é que a mulher tenha o conhecimento do seu próprio corpo, conheça suas mamas e saiba reconhecer qualquer alteração, dessa forma, pode perceber o problema no início e buscar ajuda de um médico especialista.
Os principais sinais e sintomas do câncer de mama são:
nódulos (caroços) fixos e indolor. Essa é a principal manifestação da doença e um dos primeiros sinais percebidos pela mulher;
pele mamária avermelhada, retraída ou igual a uma casca de laranja;
alterações no mamilo;
pequenos nódulos nas axilas ou então no pescoço e;
saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos.
É importante informar que alguns sinais nem sempre são indicativos de câncer. Sintomas como: vermelhidão, inchaço na pele e aumento dos gânglios axilares podem ocorrer devido a algum tipo de inflamação ou infecção. Mas não deixe de ficar atento, pois o câncer de mama também pode se manifestar como uma inflamação, o que é raro, mas não impossível.
Por isso, na presença de qualquer um desses sintomas ou sinais a mulher deve procurar um médico imediatamente e, dessa forma, realizar os exames clínicos necessários e obrigatórios.
É valido lembrar que a atenção das mulheres com a saúde das mamas é o fator principal e definitivo para o diagnóstico precoce da doença, isso faz com que aumente as chances de um tratamento calmo e com resultados satisfatórios.
Como prevenir a doença
A prevenção do câncer de mama está associada não só ao controle dos fatores de risco, como também à adoção de hábitos de vida saudáveis.
Claro que fatores hereditários ou ligados ao ciclo reprodutivo da mulher não são passíveis de mudança, no entanto, é possível se prevenir ao mudar fatores como peso corporal, alcoolismo e sedentarismo.
Para o Instituto Nacional de Câncer (INCA), 30% dos casos de câncer de mama poderiam ser evitados caso houvesse a adoção de novos hábitos, como:
alimentação saudável;
pratica de exercícios físicos;
manter o peso corporal adequado;
evitar o tabagismo e;
evitar consumir bebidas alcoólicas.
Além disso, amamentar pode ajudar a evitar o câncer, segundo dados do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil a prática pode evitar 20.000 mortes de mulheres por câncer de mama.
Além da mudança de hábito indicada, a realização do autoexame de toque e exames de rotina são essências para um diagnóstico precoce. O check-up de saúde pode fazer toda a diferença já que o câncer de mama pode se manifestar antes que os sintomas se tornem aparentes ou que o paciente consiga identificá-los, por isso que manter os exames em dia pode fazer toda a diferença.
O Ministério da Saúde indica que a mamografia de rastreamento, um exame feito na falta de sinais ou sintomas, seja realizado, além de oferecido para todas as mulheres entre 50 e 69 anos. Além da mamografia de rastreamento, exames clínicos preventivos solicitados pelo médico conseguem identificar um possível tumor.
A prevenção do câncer de mama e a detecção precoce da doença precisam andar lado a lado para os cuidados com a sua saúde. Enquanto a prevenção visa a adoção de novos hábitos para evitar que a doença se desenvolva, a detecção precoce permite que as pessoas comecem o tratamento precocemente e isso faz com que as chances de cura sejam maiores.
Se você percebeu alguns dos sintomas que citamos no texto, busque ajuda de um especialista! Previna-se.
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