A vulva é a parte externa dos órgãos genitais femininos. Inclui a abertura da vagina, os lábios maiores e menores, e o clitóris. Uma das queixas mais recorrentes de mulheres nas consultas ginecológicas são as lesões na vulva. Essas feridas podem acontecer por inúmeros motivos, desde doenças até situações como o atrito durante a relação sexual ou com o uso de roupas apertadas.
Quando elas ocorrem por causa de doenças, as possíveis causas das lesões na vulva são:
HPV;
DST’s;
vulvovaginite;
candidíase vulvovaginal;
cistos;
líquen plano vulvar (LPV).
Em casos de lesões na vulva, quando devo procurar o ginecologista?
O ginecologista é responsável por tratar da saúde da mulher, ou seja, tudo que tiver relação aos órgãos reprodutivos da mulher (útero, ovários, vagina e vulva) cabe ao especialista em ginecologia cuidar. Portanto, as idas a esse médico devem começar desde cedo, independente do surgimento dessas lesões.
Contudo, a mulher precisa recorrer ao ginecologista assim que notar qualquer ferida ou lesão no órgão genital, ainda mais se vier acompanhado de outros sintomas, como:
corrimento vaginal;
sangramento intermenstrual;
qualquer tipo de ardência;
dor ao urinar;
foliculite;
dor durante a relação sexual;
verruga genital (condilomas).
Uma vez na consulta, o ginecologista irá perguntar sobre todos os seus sintomas e analisar todo seu histórico médico. Ele também poderá solicitar exames para analisar e ter um diagnóstico mais preciso sobre o problema.
Exames como o próprio exame físico, vulvoscopia e até mesmo sorologia para DST (doenças sexualmente transmissíveis) podem ser requisitados.
Identificado o problema das lesões, chega a hora de tratá-las.
Como tratar lesões na vulva?
A retirada ou tratamento das lesões na vulva vai depender do tipo de ferida encontrada. Confira os principais tipos de lesões na vulva e suas formas de tratamento.
Coceira genital
A coceira genital ou prurido genital, como também é conhecida, se define por uma sensação de desconforto devido à coceira na região íntima. Existem várias doenças que têm a coceira como sintoma. Geralmente, é provocada pela candidíase, porém também podem ocorrer em outras situações:
herpes;
líquen;
atrofia;
tricomoníase e;
gonorreia.
Para o tratamento dessa lesão, o ideal é passar por uma consulta com o ginecologista para a análise minuciosa do seu caso. Muitas vezes, um tipo específico de pomada costuma ajudar. No entanto, o profissional irá determinar a melhor maneira de tratar o problema.
Verrugas genitais
As verrugas genitais, ou condilomas, são causadas pelo HPV (Papilomavírus Humano), um vírus sexualmente transmissível capaz de infectar a pele ou mucosas das pessoas.
Além das verrugas, o HPV também pode causar câncer, contudo, vai depender do tipo de vírus. Segundo o Ministério da Saúde, ele pode se apresentar de forma clínica (visíveis a olho nu, como as verrugas) ou subclínica (não visíveis e sem apresentar sintomas).
Caso ocorra a presença das verrugas, o tratamento é a remoção por meio de métodos físicos (como cauterização) ou métodos químicos (como o uso de ácidos). O ideal é discutir com o ginecologista qual é o melhor método para o seu caso. Dependendo da escolha, é possível que as verrugas sejam eliminadas em apenas uma sessão.
Foliculite vaginal
Essa lesão é caracterizada por pequenas bolinhas que podem ou não conter pus. Geralmente, são acompanhadas de vermelhidão e sensibilidade na área íntima.
A foliculite costuma ser causada por pelos encravados nessa região. Contudo, a presença de fungos e bactérias também podem ser os causadores dessas lesões na vulva.
As causas da foliculite também podem envolver atrito na região intima (geralmente por causa de roupas) e depilação (cera e lâmina de barbear).
É importante destacar que a foliculite precisa ser tratada o quanto antes, pois é uma inflamação que pode causar bastante dor, além de formar manchas e cicatrizes na vulva.
O tratamento para esse tipo de lesão pode ser feito por meio de medicamentos ou até mesmo a inserção de corticoide no local.
Seja qual for o tipo de lesão vulvar que a mulher tenha, o recomendado consultar seu ginecologista de confiança sobre o assunto. Dessa forma, ele poderá analisar a lesão e decidir qual a melhor forma de tratamento ou remoção.
É valido destacar que não há necessidade de internação hospitalar e as remoções podem ser feitas no próprio consultório, com anestesia local. A paciente pode receber alta logo depois.
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