O prolapso genital, também conhecido como “bexiga caída” ou “útero caído”, é uma doença que costuma atingir as mulheres. É uma patologia caracterizada pela perda de sustentação dos órgãos pélvicos, ocasionando uma queda, não só da bexiga, mas de todos os órgãos da região.
Essa queda faz com que esses órgãos (útero, bexiga, uretras e o reto) se desloquem, podendo até mesmo sair pela vagina e, em alguns casos, pelo ânus. Por esse motivo, o prolapso genital se destaca em 3 tipos, que são:
- cistocele (prolapso de bexiga);
- retocele ou enterocele (prolapso do intestino);
- prolapso de útero e
Todos os tipos de prolapsos são definidos pela mesma situação, onde a sustentação desses órgãos é perdida, ocasionando a descida deles para a região vaginal.
Há, ainda, a rotura de períneo. Esse problema não é necessariamente um prolapso, mas está associada ao enfraquecimento dos pontos que sustentam os órgãos da pelve.
O prolapso genital costuma acontecer após gravidezes sucessivas. No entanto, existem alguns fatores que podem estar ligados ao desenvolvimento dessa doença, como:
obesidade;
alterações hormonais;
doenças genéticas que alterem o colágeno ou a elastina;
espinha bífida oculta;
doenças musculares e;
etnia.
Quando falamos sobre a etnia é porque, segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), as mulheres brancas e latinas possuem maiores chances de apresentar o prolapso genital.
Além disso, é muito importante destacar que o prolapso genital pode comprometer não só o desempenho físico, como o sexual e social das mulheres que apresentam a doença.
Sintomas do prolapso genital
A queixa mais comum das mulheres quando falamos sobre os sintomas do prolapso genital é a sensação de peso ou, como muitas descrevem, “bola na vagina”.
Além disso, essa sensação também pode vir acompanhada de sintomas urinários, como a vontade de urinar toda hora, incontinência urinária ou até mesmo apresentar dificuldades na hora de urinar.
Também é possível observar alguns sintomas intestinais como a necessidade urgente ou dificuldade em evacuar. Manter relações sexuais também passa a se tornar uma tarefa bastante difícil por conta da doença.
Outros sintomas observados podem ser:
dor que piora ao fazer exercícios;
dor na base das costas;
Infecções vaginais
Na presença de qualquer um desses sintomas, junto à sensação de estar com algo entre as pernas, a pessoa deve procurar um médico para melhor análise. Caso haja a presença de prolapso genital, o médico fará a confirmação do diagnóstico.
Diagnóstico e tratamento do prolapso genital
A mulher com suspeita da doença deve procurar um ginecologista para confirmar as desconfianças. O diagnóstico do prolapso genital se dá pelo exame físico, onde a mulher deve ficar na posição ginecológica e o especialista em ginecologia realizará o exame clínico.
Confirmado o diagnóstico da doença, o ginecologista irá decidir as melhores formas de tratamento do prolapso genital. Muitas mulheres acreditam que o tratamento para a doença se dá apenas por cirurgi. Em alguns casos, de fato pode ser assim. Contudo, existe um tratamento alternativo que se baseia em utilizar pessários vaginais.
Os pessários vaginais são dispositivos de silicone que serão inseridos dentro da vagina. O objetivo é manter os órgãos pélvicos em seu devido lugar. Ele é um tratamento indicado para todas as mulheres que não desejam ou não podem arcar com uma cirurgia, já que é uma opção mais em conta e muito eficaz.
O tratamento do prolapso genital, quando feito logo que o diagnóstico é dado, pode evitar a progressão da doença, assim como melhorar a qualidade de vida das pacientes. Ele consegue devolver a autoestima, além de trazer melhorias que dizem respeito aos aspectos psicológicos e físicos de cada mulher.
Não há evidências científicas sobre fatores que ajudem a prevenir o prolapso genital. Contudo, adotar hábitos mais saudáveis sempre é uma indicação dos especialistas. Não fumar, controlar a obesidade, ter cuidado na hora de praticar certos exercícios físicos (ainda mais se você já tem prolapso genital). No mais, cuidar da sua saúde e seguir o tratamento e orientações médicas aumentam cada vez mais as taxas de sucesso.
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